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Motivação

A motivação é um estado psicológico no qual o indivíduo tem disposição para realizar uma ação, seja no trabalho, seja em qualquer esfera de sua vida. Na raiz latina da palavra, movere, encontra-se uma de suas características-chave, o movimento, a dinâmica, ou seja, motivação não é algo implantado no indivíduo de forma permanente, mas sim um processo contínuo em que fatores de diversas naturezas atuam, a partir da concretização dos desejos das pessoas, do cumprimento de suas metas e do atendimento de suas expectativas (Amato Neto, 2009).

 

Em relação aos objetivos pelos quais as pessoas buscam participar de um coro, estes são bastante diversos, podendo ser desde a busca pelo desenvolvimento de habilidades musicais, a oportunidade de apresentar-se em público, a possibilidade de integração social, até pelo simples fato de gostar de cantar (CHIARELLI; FIGUEIREDO, 2010).

Outros motivos são citados por Dias (2012), afirmando que as pessoas buscam o coro porque gostam de música, porque aprendem a apreciar e vivenciar a música na sua trajetória de vida, mas ao mesmo tempo, para fazer amigos, para saírem da solidão e, sobretudo, para se sentirem parte de um grupo.  

 

 

Assim, ao participar de um coro, pode-se efetivar a integração interpessoal – por meio do tratamento do regente visando à igualdade na transmissão de conhecimentos novos para todas as pessoas, independentemente da origem social, faixa etária ou grau de instrução – e promover-se a motivação, pela própria natureza dessa atividade – artística e criadora –, que permite envolver os coristas em um processo de “fazer o novo” (cantar diferentes repertórios, apresentar-se em diversos locais etc.).

Além disso, há uma motivação intrínseca à construção de conhecimento de si (da sua voz, do seu aparelho fonador, de suas habilidades artísticas) e da realização da produção vocal em conjunto, culminando no prazer estético e na alegria de cada execução com qualidade e reconhecimento mútuos – entre os coralistas, por parte de expectadores diante do grupo vocal (Fucci Amato, 2007).

 

 Nas palavras de De Masi (2003, p. 677-678), a motivação é uma consequência da liderança que o regente deve exercer sobre seu grupo:

“Um grupo criativo baseia a sua fecundidade na competência e na motivação dos seus membros, na liderança carismática capaz de indicar e fazer compartilhar uma missão inovadora num clima solidário e entusiasta.”

Essa liderança pode ser traduzida em bases de autoridade, que podem ser aplicadas ao regente coral em três níveis (Maximiano, 2006):

- Carisma;

- Autoridade técnica (competência musical e educacional do regente);

- Autoridade política (condução do grupo com o estabelecimento de metas e bom nível de relacionamento do regente com o coro).

 

Segundo a autora Rita Fucci Amato, a motivação no canto coral se configura como um processo que somente pode atingir sua eficácia a partir de um processo de liderança do regente, que, fazendo uso de habilidades de gestão de pessoas, há que desenvolver um ambiente humano propício à (re)criação artística coletiva. Ao atingirem um grau elevado de motivação, a partir de uma gestão de recursos humanos eficiente por parte do regente e de sua liderança, os próprios coralistas passariam a se automotivar.

 

Segue abaixo uma tabela organizada pela autora acima citada que demonstra dois tipos de liderança do regente, o regente autoritário e o regente inovador. Em qual destes perfis você se reconhece?       

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